Volume 8, Número 1 (2018)
Foi ao ar hoje o mais recente número da revista HALAC (Historia Ambiental, Latinoamericana y Caribeña). Dentre os vários artigos desse interessante número, está um trabalho meu com o título As “Florestas Sagradas” do Impasse: a Reserva Florestal do Território Federal do Acre (1911). Trata-se de uma das partes da minha tese que recebeu uma análise mais detida nessa adaptação. Embora o artigo dialogue com trabalhos no campo da História Ambiental, basicamente a análise é feita por meio de uma História das Coisas (a coisa, nesse caso, é o decreto N. 8.843 de 26 de julho de 1911, que criou a Reserva Florestal do Território Federal do Acre). Analiso as origens do decreto e sua meteórica inserção nas complexas tramas políticas que envolviam diferentes projetos de integração do Acre ao Brasil, que estavam em disputa no período. Utilizando dos conceitos de “impasse” e “contingência”, da socióloga Robin Wagner-Pacifici, demonstro como o decreto foi uma contingência que produziu um sério impasse entre as elites seringalistas locais, as oligarquias dos estados do Amazonas, Pará e Ceará, e o governo do então Presidente Hermes da Fonseca. O resultado do impasse foi a produção do esquecimento do decreto e a sua não-implementação.
O artigo pode ser lido aqui.