Ossada de pirarucu (Arapaima gigas), publicada no início do século XX.
Foi publicado hoje (10/04) o primeiro número do volume 13 do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi – Ciências Humanas. Dentre os vários e interessantes artigos desse número, há o trabalho O incentivo à pesca comercial de Arapaima gigas (pirarucu) do rio Araguaia (Brasil central) na revista “A Informação Goyana” (1917-1935), texto de minha autoria e que conta também com a luxuosa participação do Dr. Francisco Leonardo Tejerina-Garro, da PUC-GO e UniEVANGELICA.
Esse trabalho é um primeiro esforço de pensar a trajetória das relações entre as elites e os intelectuais de Goiás com o ambiente aquático, por meio da análise dos incentivos à pesca do pirarucu na fase que vai de 1917 até 1935, anos de publicação da revista A Informação Goyana. Por meio da análise de fotografias de cadáveres de pirarucu expostos na revista, conclui-se que essa primeira fase ficou marcada pela propaganda da diversidade e qualidade das espécies aquáticas em Goiás, de modo a chamar a atenção do governo federal para o potencial de desenvolvimento da pesca comercial no rio Araguaia. Chamar a atenção do poder central era fundamental para atrair financiamentos e incentivos fiscais para o desenvolvimento dessa economia no estado.
O artigo pode ser lido aqui.