Vista aérea da grande cheia do Red River em 1997. Fonte: http://www.manitoba.ca/
Compartilho com vocês uma interessante reportagem do portal The Globe and Mail, assinada por Roy MacGregor, sobre o Red River, o principal curso fluvial da província de Manitoba, no Canadá. O artigo analisa a força política e material do rio, que radicaliza-se nos períodos de grande enchente e seca. As grandes cheias ocorrem periodicamente a cada 35 anos ou mais, com intensidade muito variada.
Guardadas as devidas especificidades comportamentais e históricas, o caso Red River, de Manitoba, assemelha-se ao caso do rio Iaco, no Acre, em processo de análise na minha tese. Chamo a atenção para a narrativa contida nesse artigo, onde o humano como “sujeito político” é descentralizado ao deixar o rio ‘falar’ a partir de mútiplos processos abertos que conformam a sociedade, a cultura, a política e a economia regional e nacional. Trata-se de uma narrativa menos antropocêntrica e muito mais aberta a co-participação ativa dos não-humanos na história, além de evitar outros binarismos ainda muito comuns nas análises históricas.
The story of the Red River Valley.